segunda-feira, 25 de maio de 2009

Paternidade rosa 1





Meninas






Ser pai de uma menina não é "tarefa" tão fácil quanto alguns possam pensar.

Meninas são frágeis, e já mostram isto desde bem pequenas.

Alem da atenção natural que devem receber por ser crianças, há ainda a atenção devida por serem mulheres. Devem ser elogiadas pela roupa, pelo cabelo, pelo sapatinho, e ate a boneca deve ser elogiada. Seus materiais escolares são carregados com adesivos de todo tipo, mas em geral com motivos da Barbie, Hello Kitty, Mínie, Moranguinho, florzinhas com recursos de brilho, hologramas etc. Quando meninos desenham numa folha de papel, logo vemos carros, motos e Super-herois que derrotam os monstros, enquanto que meninas desenham a família, flores, gatinhos, cachorrinhos, paisagens do tipo: o mar, o céu, o sol, etc Algumas mais cedo do que outras estampam em seus cadernos algum poster de um artista que acham bonito - e em geral não é um artista mirim. Fui pego na paternidade rosa na segunda metade da década de 90. Muito apressada, nasceu com 36 semanas e já no primeiro dia colocamos nela o que parece ser um tiara com uma florzinha que ficava logo acima da testa. Se sua roupa fosse de cor neutra (branca, amarela ou verde) logo saberiam que era uma menina por causa dessa tiara. Necessitam de um tom de voz diferente - principalmente se estiverem sendo disciplinadas, advertidas. O que falamos e como falamos a uma garota de 12, 13, 14..., não é como falar a um garoto de 8. Se disciplinamos um garoto tratando-o como um homem isso não lhe pesa - naturalmente estou falando de disciplina saudável - e eles até se sentem como homens embora sejam garotos, Se são advertidos verbalmente.raramente choram. mas uma menina é diferente e essa diferença é um desafio para os pais.

Há dois tipos de pais (de meninas): Aqueles que são corujas ao extremo tratando-as como princesas, defendendo-as até mesmo das ameaças que elas não sofrem, afastando-as dos garotos, sobretudo aqueles que já se mostram bem espertinhos (sabem do que falo), mimando-as até de modo prejudicial, e há aqueles grosseiros que não sabem lidar com elas, preterindo-as a seus irmãos do sexo masculino. Meninas mostram desde cedo suas habilidades em ajudar, ensinar, socorrer e também já manifestam de modo infantil e inofensivo sua habilidade de atrair, pois brincam de casinha, escolinha, médicas, gostam de se pintar, andar como modelos; e a maioria em alguma fase da adolescência sonham em ser modelos. Logo falam de fazer mexas, usar apliques e outros aparatos, querem sapatos de salto alto, comparam-se às mães, às tias, celebridades etc. Seus pais são seus herois ou seus vilões - e naturalmente - se são vilões, não é por serem feios, desproporcionais, peludos etc, e sim pelo modo e pelo tom com que falam com elas, se as elogiam muito ou pouco, se conversam ou não; e conversar aqui, quer dizer passar tempo conversando com elas, perguntando e respondendo - parece que isto é mais do que bastante.
O salmista escreveu:

...que nossas filhas sejam como pedras angulares, lavradas como coluna de palácio... (Salmos 144:12)


E em Provérbios 31:10

Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias.








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