terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Deus Vivo - Cristianismo vivo - Palavra viva


É comum dizermos que alguém é cheio do espírito, mas não é comum dizermos que alguém é cheio de Deus ou cheio de Jesus. 
Paralelamente é comum referir-se à experiencia de alguém dizendo que tal pessoa tem “vida com Deus”, ou “vida com Cristo”, mas não é comum dizer: “vida com o Espírito Santo”. 
Quanto a Cristo, Paulo falou: “Cristo vive em mim”! Paulo não diz: “Deus vive em mim” ou o “Espírito Santo vive em mim”. 
O autor de Hebreus escreveu: “Que hoje, Deus fala em Jesus e que outrora falava por meio dos profetas. Paulo falou: “Cristo fala por meu intermédio”. 
Em outro momento Jesus disse que o Reino de Deus está dentro de vós. Se o Reino de Deus está em nós - isto tem uma amplitude que não dá para explicar com poucas palavras – é melhor tentar viver isto, sem mesmo entender plenamente e sem conseguir explicar!

Temos nossas opiniões sobre o que é alguém cheio do Espírito Santo. 
Tomamos como base a forma com alguém ora, seu tom de voz, ou como alguém prega, também no tom da voz e como gesticula, se fala em línguas, se são “línguas tonantes, vibrantes”; se num ato de expulsão de demônios, tal pessoa grita muito – se ela ruge ferozmente contra os demônios; ou se tal pessoa grita bastante na igreja, dando muitos glorias e aleluias – eu não vou julgar esses itens como quesito – apenas digo que é uma tendência a descrever desta forma que alguém é cheio do espirito.

Em geral dentro das igrejas, o que qualifica um homem cheio do espírito está ligado ao “barulho”, ao “som” – e não podemos negar completamente nem parcialmente.

A voz de comando
O som e as manifestações corporais brotam de dentro – e brotam por causa de algo que está dentro – no contexto da vida cristã, isto tem a ver com a presença de Deus em nós; com a presença de Cristo em nós; com a presença do Espírito Santo em nós.

Quase todos os atos milagrosos de Jesus foram concretizados por um comando de voz – ele dava um comando de voz e coisas aconteciam.
Um versículo muito conhecido e muito explorado nas mensagens encorajadoras para o exercício da fé é aquele que diz: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá... (Mateus 17:20). A ocorrência ali era da cura de um jovem lunático (aquela era uma doença causada por um demônio)
Em outra ocorrência, após amaldiçoar uma figueira, Jesus disse a mesma coisa: Se tiverdes fé... se até mesmo disserdes a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá... (Mateus 21:21).

Nós associamos muitos atos do cristianismo avivado com a altura da voz – Deus nos mostra que a simples voz é suficiente – tendo a fé como necessidade maior do cristão.

O cristianismo pode ser mera religião para alguém; um simples molde para o comportamento e postura exteriores e, é claro, um monte de conceitos espirituais.
Para nós, o cristianismo é uma relação pautada em ouvir Deus, falar com Deus, agir por fé em Deus e na fé que Deus dá.

A Palavra dita com fé
A Palavra de Deus é algo que se move dentro de nós...
Se a Palavra de Deus fosse descrita como uma máquina, diríamos que ela é pequena, mas que tem o poder de esmigalhar o aço. Se tivéssemos que dar exemplos da capacidade da Palavra de Deus, poderíamos dizer que ela tem poder de trazer o Monte Everest e comprimi-lo dentro desta igreja e ainda assim, todos nós estaríamos confortáveis em nossas cadeiras. 
Quando Jesus falou do monte, ele realmente estava se referindo a um monte – uma elevação na terra. 
Podemos até pensar: “Não faz sentido – Jesus não estava falando literalmente! Mas sim, ele falava literalmente, porque isto não tem a ver conosco e com o monte simplesmente, tem a ver com o poder de Deus. Deus quer que a Palavra dele mova dentro de nós...
E Deus quer que a Palavra dele cresça dentro de nós como uma planta (Marcos 4:26-28) “Erva – espiga – grão cheio na espiga” – As plantas têm ciclos na natureza: Erva, espiga, grão maduro!

Jesus falou sobre “a planta que meu Pai Celestial não plantou” (Mateus 15:13). Toda planta que meu Pai Celestial não plantou será arrancada... São cegos, guias de cegos... cairão ambos no barranco – Jesus falava de ensinamentos hipócritas e que iam na contramão do ensino de Deus.
Plantas tem ciclos – vai da semente ao fruto – e o fruto tem semente – e volta ao ciclo inicial.
Falsos ensinos produzem algo dentro de você! A falta de base resulta numa vida de enganos, fracassos e derrotas – então vem a vitimização! “Nada de bom acontece na minha vida!”

A Palavra terá um ciclo dentro de nós! Mexendo com nossa razão, nossas emoções, nossas lembranças, nossas habilidades, nossas decisões – e nossas certezas!

Diminuindo, mas crescendo
Ela vai crescendo – e fazendo você diminuir – Cristo vai crescendo em você – e você diminuindo para que ele cresça (João 3:30) – Se João quisesse a popularidade para ele, teria arrebanhado centenas, se não, milhares para si; mas sua missão se consumou na alegria de ouvir a voz do noivo. E esse arregimento iria à perdição.
Mas... ao mesmo tempo que diminuímos, também crescemos!
Jesus cresceu em estatura e graça diante de Deus (Lucas 2:52) Esse contexto mostra Jesus (aos 12 anos) enviado pelo Pai - sujeito à sua missão divina e sujeito a seus pais terrenos. “E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.
Pedro nos adverte sobre essas “plantas venenosas” ao dizer:
“Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza; antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo... (2 Pedro 3:17-18)
Assim: “Cresçamos diminuindo” conformando-nos com Ele!
Paulo falava de abrir mão de algumas coisas ao concluir com essas palavras: “Conformando-me com Ele na sua morte” (Filipenses 3:7-11). O mesmo Paulo falou aos Romanos sobre uma entrega completa que ocasiona a total desconformidade com esse mundo – na verdade foi uma advertência – “não vos conformeis com este mundo – uma condição para que se experimente a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:1-2)
Por que uns desfrutam de vida vitoriosa e outros não? Por que uns são menos e outros são mais vitoriosos? Deus pôs dentro do homem um poder humano tão grande que me atrevo a dizer que é suficiente para impedir muitas ações do próprio Deus na vida de tal homem! Nota.: Não dizemos que um homem pode neutralizar uma ação de Deus e sim que um homem pode rejeitar uma ação de Deus – é força do querer do homem – a vontade humana.
O homem pode por sua própria vontade, escolher em que quer crer – está dentro do homem o poder da vida e da morte de acordo com suas escolhas.
A vontade antecede a crença – eu acredito naquilo que escolho acreditar – crer é escolha. Primeiramente escolho se quero ouvir... Quem nunca ouviu uma campainha tocar ou um bater de palmas? Alguém está parado no portão... É uma dupla de testemunhas de Jeová! Você escolhe ouvi-las ou não! Se optou por ouvi-las, escolhe depois acreditar ou não em tudo que elas dizem – e por fim escolhe associar-se ao grupo, ou não!
É o querer do homem!
Jesus disse; “Examinais as escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna... contudo não quereis vir a mim para terdes vida...” (João 5:38-39)
Em Apocalipse 22:17 diz: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve diga: Vem! Aquele que tem sede venha! E quem quiser receba de graça da água da vida!
Paulo falava acerca da salvação e da ressurreição de Jesus: “Quando ouviram falar de ressurreição de mortos, uns escarneceram, e outros disseram: A respeito disto te ouviremos noutra ocasião” (Atos 17:30-34)
O homem tem escolhas! E essas escolhas o encaminham para a vida ou para a morte.


Deus se revela em sua Palavra
Deus é um ser tangível – apesar de não o vermos, Ele está revelado em sua Palavra escrita!
A bíblia é concreta! O que define algo como concreto ou abstrato? É o teste dos cinco sentidos! Algo é concreto quando se encaixa em pelo menos um dos cinco. A bíblia é visível; tangível, olfativa (submetê-la a esse teste não requer nada de mim – só tenho que vê-la, tocá-la e cheirá-la) – nesses três quesitos dos cinco sentidos, a bíblia é um objeto material e eu um homem físico. Qualquer criança pode exercitar isto! E é assim que “repousa” a bíblia na casa da maioria dos crentes hoje: Algo que vemos, tocamos e cheiramos!
Os outros dois quesitos, que completam os cinco sentidos, estão em outra dimensão: Paladar e audição! A bíblia não é comestível – pelo menos não é racional comê-la! E a bíblia não emite sons! “Comer” e “Ouvir” são duas coisas que requerem muito do homem! Jesus usou uma expressão chocante ao dizer: “Se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos” (João 6:51-58) Em outros tantos textos da bíblia você verá a ênfase: “Quem tem ouvidos, ouça!”.
Comer e ouvir – depende de nós – depende do nosso querer – não depende de Deus!
Agora vamos falar de todos os cinco sentidos no sentido não literal – mas vamos também inverter a ordem inicial.
Você ouve Deus; você se alimenta da Palavra de Deus e depois você sente o bom perfume de Cristo; vê Deus e toca em Deus.

Pai, Filho e Espírito Santo se afunilaram e se condensaram (forças de expressão) dentro da bíblia – Quando seguro a bíblia na mão, tenho nela todos os milagres de Deus, todas a promessas, todos os conceitos, todas as revelações. Agora posso proferir as palavras que tem poder para transportar os montes.
O Deus Todo Poderoso está dentro da bíblia! Essas palavras, quando proferidas, estão carregadas com o poder dele.
Ele é autor e executor – o homem é instrumento voluntário – pois Deus não usa controle remoto.

Duas ações de Jesus
Jesus deu uma instrução direta para Pedro – essa instrução não exigiu nada de Pedro. Tratavam acerca do imposto que era cobrado naquela época... Jesus disse: “Para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e abrindo-lhe a boca, acharás um estater. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti. (Mateus 17:27)
Percebe? Pedro não precisou nem mesmo acreditar – ele foi e fez! Era como andar numa linha reta tendo o alvo visível a frente.

Noutro momento, diante das multidões famintas, os discípulos sugeriram que Jesus dispensasse as multidões em tempo de passar pelas aldeias e comprarem algo para comer...
Jesus disse: “Não precisam retirar-se; dai-lhes vos mesmo de comer... (Mateus 14:15-16).
É o momento que você tem de sair de si; deixar de olhar para si e deixar de tentar agir por si.
Requer o poder do outro, a ação do outro - o poder de Deus e ação de Deus - em você e através de você.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

O pecado - O amor de Deus e a Paciência de Deus



“Aquele que não conheceu o pecado, Ele o fez pecado por nós.  (2 Coríntios 5:21) – O texto nos leva à interpretação de “conhecer” como uma relação intima, manuseio, proximidade, preferência, identificação; como a camisa predileta de alguém – como a camisa do time ao qual torce. No tocante ao pecado, essa relação que temos é justamente aquilo que Deus mais odeia!
Deus odeia? – Deus odeia o pecado em nós e nos faz condenáveis diante dele.   Jesus não teve essa relação com o pecado – daí se dizer: “Aquele que não conheceu o pecado...” – Mas Deus “o fez pecado por nós” Deus executou em Jesus aquilo que executaria em nós por causa do pecado. 

Paul Washer ilustrou bem:
“Vamos imaginar que haja uma moça muito fiel e cristã conosco. Ela se manteve limpa das coisas do mundo e andou em santidade, longe das impurezas do mundo. Então, em um desses dias, ela vai até uma cidade grande e decide que vai pregar o evangelho às prostitutas. No entanto, enquanto ela está fazendo isso, a polícia chega. A polícia lança no camburão algumas prostitutas e com elas, lança também a moça cristã. À medida que se dirigem à delegacia as prostitutas estão rindo, contando piadas, falando ao celular. Isto não é nada para elas, não as incomoda. Estão acostumadas a isso. (elas amam o que fazem e se enriquecem com esse trabalho) Mas a moça cristã está encolhida no cantinho, mal consegue respirar. É tão vergonhoso pra ela – essa não é a rotina dela. Ela não anda na pratica dos mesmos pecados das prostitutas, mas naquele dia ela foi (digamos) condenada como tal. Jesus nunca pecou – mas foi morto pelos nossos pecados. Com um diferencial – ele se deu livremente em sacrifício (Filipenses 2). (*)

Se nos, verdadeiramente compreendemos o evangelho, ou melhor, quanto mais compreendemos o evangelho, mais entendemos também que Deus é um Deus que se ira; e que vira as costas ao pecador! Os desavisados, os ignorantes, os meramente religiosos que não tem relação pessoal com Deus, se escondem atrás dessa ideia de que Deus é amor somente. A pura verdade é que suas almas suspiram por isso porque traz um certo conforto.
Primeiro vamos entender a justiça de um Deus de amor a favor de um homem:
Um homem que tenha mergulhado fundo no pecado; tem uma experiência de  conversão verdadeira. Ele ouviu; creu; confessou e entregou sua vida ao controle de Deus. Em sua confissão para salvação ele diz: “Senhor; não posso controlar minha vida!
Se eu controlar minha vida; o pecado me controlará e eu morrerei
Entrego ao Senhor o controle da minha vida”. E isso ele faz de todo o coração!
Uma semana depois esse homem morre e se apresenta na porta do céu!
Por sua natureza, por seus atributos, Deus se obriga (força de expressão) a salvá-lo.
É impossível que Deus aja contrário à sua natureza.
Antes de entendermos a justiça de Deus (quando se coloca) contra um homem, vamos primeiramente indagar:
Deus ama o pecador? Sim! é nossa resposta automática.
Deus odeia o pecado? Sim! também respondemos prontamente!
O pecado tem vida própria? Não! o pecado não é uma ação em si e não tem vontades em si só; o pecado é "um atrativo abstrato".
(Gosto de pensar sobre a maldição da serpente como uma analogia ao diabo – Deus disse: “sobre o teu ventre andaras...” Creio (numa ilustração) que naquele momento, Deus lhe “cortou os membros” e assim, faço a ligação: Satanás está desprovido de membros e de corpo; ele só age através do homem).
Portanto, o pecado só tem expressão quando nós o praticamos!


Pois bem: Deus não vai tratar nada como o pecado e sim com o pecador (o pecado em si é abstrato, mas o pecador é um ser concreto) O pecado não vai a julgamento; o homem pecador é quem vai.
Um câncer é abstrato, (pensemos num câncer maligno) nós não o vemos a menos que ele esteja destruindo um corpo – nós não conseguimos pensar nele isoladamente de um corpo – temos que pensar em alguém sofrendo com um câncer para ter a ideia de quão terrível ele é. (o pecado em si é um ser abstrato, mas o homem o concretiza)
Então podemos agora entender um Deus de amor colocando-se contra um homem.
O pecado não tem desejo sobre o homem - ele é penas um atrativo.
O homem tem desejos diversos e tem controle sobre aquilo que o atrai. E tem livre escolha...
Se eu amo e pratico aquilo que Deus odeia; como é possível Deus separar o pecado de mim para odiá-lo e me amar separadamente do pecado se o pecado só se expressa através de mim?
Deus então me odeia porque eu escolhi amar e praticar o que ele odeia!
Ao escolher o pecado eu rejeitei Deus e dei expressão ao diabo. 
Se um homem livremente pratica e ama aquilo que Deus odeia, quando ele morrer, a natureza de Deus o obriga (força de expressão) a condena-lo.
Quando Jesus morreu, Deus condenou na carne de Jesus o pecado, ou seja, se o pecado só se expressa quando um homem o pratica, então o mesmo pecado só pode ser “destruído” onde ele se manifesta. E nesse caso, o corpo (a casa do pecado) não suporta o golpe de Deus, e morre.
Jesus não conheceu o pecado, mas Deus o fez pecado por nós.
Deus desferiu o golpe contra o pecado; Atingiu com a flecha o pecado... 
Onde ele golpeou o pecado?  Onde o pecado foi atuante! No homem “que lhe deu vida”! E isso aconteceu com Jesus – (embora nunca tivesse pecado, Deus desferiu nele o golpe) – Deus o fez pecado e executou juízo nele!
Pense:                

Uma cidade está empesteada de ratos, moscas e baratas, os ratos são grandes pesando mais de um quilo cada um. As baratas são da espécie que se encontram nos cemitérios, nos túmulos. As moscas são da espécie que põem ovos que se tornam em grandes larvas. Eles se multiplicam como o mato, ninguém consegue detê-los. É um desafio para essa cidade. Todas as noites eles se reúnem num só lugar, uma área equivalente a quatro estádios de futebol. O lugar é imundo e malcheiroso; é repulsivo. Ali, á noite os pares se acasalam; numa só noite, nascem e morrem milhares de novos, e eclodem milhões dos ovos das baratas e outras milhões de novas larvas das moscas rastejam pelo local. Há uma mistura de criaturas recém-nascidas e outras que acabam de morrer; moscas e baratas devoram os cadáveres. Não dá pra descrever como o local é desprezível. Fracassaram todas as tentativas de detê-los! São milhões, portanto só há uma forma de destruí-los, e de uma vez por todas! Você vai ao local, logo que esses milhões de seres se reunirem e incendeia todo o local, deixando-o só nas cinzas. No dia seguinte só resta um pouco de fumaça – o fogo destruiu os animais, a vegetação, os entulhos e o ainda desidratou o solo.    
Isto é chocante!
Deus condena o pecado no corpo do pecador – o local imaginário acima foi uma alegoria do pecado e da carne de um homem sem Cristo indo a julgamento.



Deus não age contra sua natureza; ele não pode fazer de conta que não viu e ele não tratou Jesus como única exceção quando nossos pecados foram colocados sobre ele.


Vamos tentar detalhar:

A lei terrena se satisfaz somente com a cabeça do transgressor (em algum caso aceita fiança em favor do transgressor).
A lei divina rejeita um pecador como oferta e se satisfaz somente com o sacrifício de um justo. 
E a fiança? É um preço impagável ao pecador, portanto:

Jesus assumiu sobre si os nossos pecados... Ele nunca pecou, mas Ele se fez de pecador em nosso lugar... “Aquele que não conheceu pecado, Ele (Deus) o fez pecado por nós”
Como assim?
Por um momento Deus executou juízo no próprio filho...  

Como assim?
Onde estava o pecado?  

No filho! 
E Deus odeia o pecado? 
Sim!
Portanto a ira de Deus recai sobre o filho!  

Como assim? 
Deus vira as costas para o filho e o abandona? 
Sim!
Não foi esse o clamor do filho na cruz: Elohim Elohim lema sabactani?

E digo mais
Deus não lhe respondeu porque o pecado estava em Jesus...
Ele morre.... Ele recebe o juízo...
Quando seu sangue se derrama na terra; aquele sangue é puro (satisfaz a exigência da lei divina) e destrói o poder da morte e do pecado - não é como o nosso sangue contaminado; então o pai se volta novamente para o filho e o ressuscita quebrando os grilhões da morte...
Deus condenou na carne o pecado !
Romanos 8:1-4
Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espirito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado. A fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espirito.

Se Deus não poupou o próprio filho, por que nos pouparia?
Deus nos vira as costas por causa do pecado (assim como fez com Cristo). 
Quando chegar o momento do meu sangue e do seu serem derramados; nosso sangue é impuro e ao cair na terra ele profana a terra - portanto o olhar de Deus não se volta para nós como fez com Jesus. E a condenação se consuma na morte.
Entenda agora o amor de Deus
Quanto mais um homem busca Deus; mais ele treme sentindo se indigno; impuro e (até) miserável pecador (como Paulo disse em Romanos 7:23-24: “...mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! quem me livrará do corpo dessa morte?")

Se você busca Deus com sede e coloca toda sua disposição em conhece-lo, você se aproxima dele e Ele de você... Ai está a grande questão:
Quanto mais você se aproxima; mais você penetra nos atributos dele: Ele é santo; Ele é puro; Ele é amoroso; ele não pode ter comunhão com o mal.
Você sente o bom perfume (que é uma metáfora para todas as santas qualidades de Jesus) 2 Cor 2:14
Então você (num espelho se vê uma imagem inversa) percebe que você é justamente o contrário a tudo que ele é e sente que vai ser destruído instantaneamente; fulminado; porque Deus sendo tão santo e puro, não pode ter comunhão com você!
Você se sente impuro e pecador... A gloria dele é tanta que seus olhos não conseguem mira-lo
Manoá e sua esposa (pais de Sansão) tiveram essa experiência: Manoá, depois que o anjo subiu, exclamou: “Vamos morrer pois vimos o Senhor”. (Juízes 13) 
É isto que sente um homem (convertido) ao se aproximar de Deus.
A viúva que recebeu Elias em sua casa teve também esse sentimento quando seu filho morreu: Ela disse a Elias: Vieste trazer à memória a minha iniquidade? Ela reconhecia a presença de Deus que acompanhava Elias – quando Elias se aproximou, Deus veio junto, portanto os pecados dela ficaram expostos. (1 Reis 17:8-24)


Pedro sentiu isso ao dizer
Senhor, afaste-se de mim porque sou pecador!


Quanto menos buscamos a Deus; mais nos sentimos confortáveis ainda que afundados os pés em lama do pecado – Longe dele não vemos sua face, não sentimos seu perfume, não conhecemos sua gloria e santidade e por isso não podemos compará-lo a nós (crentes carnais tem suas convicções da salvação porque não tem parâmetros - não conhecem Deus - não imaginam que seja o oposto de tudo que Jesus ensinou).


Não deveria ser o contrário? Não!
Quanto mais longe; mais seguro me sinto (ilusão). 

Quanto mais perto; mais a glória de Deus me faz entender minha miserabilidade!
Estando perto dele, consigo me colocar em comparação com Ele.
Longe dele sinto-me seguro (ilusão do pecador) / perto dele sinto que serei fulminado.
Mas um homem não deve ter certeza da sua salvação? 
Se um homem cristão se sente miserável à medida que vai se aproximando de Jesus, ele não está negando a obra de salvação? 
Não! É justamente o contrário! Ele se sente miserável pelo fato de contemplar uma parte ínfima de Deus e isto é suficiente para sentir que Deus o destruirá!
Então: É justamente aqui que entende a graça e a misericórdia! Pelo fato de ele não te matar - É aqui que você entende que Deus é amor.
Aí sim!  Você pode dizer que Deus é amor! Ele não te destrói quando você se reconhece impuro em comparação a pureza e santidade dele.
Quando ele te diz: Minha graça te basta; em outras palavras Ele está dizendo:
Minha graça esta sobre você o suficiente para você viver e não morrer.
E quanto ao ímpio? Deus é amor para o tal? Não! Deus virá para os pecadores como um fogo consumidor!.
O amor de Deus para o ímpio é melhor explicado como paciência de Deus; sofrimento (como naquele trecho de Jesus:
(Mateus 17:17 e Lucas 9:41)
Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei?...                                         



Deus ama o justo - o justo se sente indigno por causa da gloria de Deus.
Deus "sofre" pacientemente, suporta o pecador apesar desse considerar-se um filho Dele.

Nota: A palavra diz que o homem viverá 70 anos ou quando muito 80. Por todo esse tempo, Deus suporta, (sofre pelos) nossos pecados. Nesse tempo, um homem sem Deus está sujeito a todas as leis da terra – ele pode ser prospero ou miserável, pode ser bom ou mal, instruído ou ignorante – pelo fato de esse  ser um homem sem Deus, Deus não o priva de coisas boas disponíveis a ele na terra. Deus não o impede de ser rico nem lhe lança doenças – prevalece a lei da natureza. O homem está livre para praticar o que quiser – isso é liberdade – isso é livre arbítrio – é viver arbitrariamente – ou seja – de acordo com suas vontades, suas decisões (para seu bem ou para seu mal) – sem que Deus o impeça. Deus não o impede de desfrutar de grandezas, ter títulos, diplomas. Seu eventual mal sucesso não significa castigo de Deus; bem como seu sucesso não significa benção divina – é a lei da terra.
Não há uma regra divina que o ímpio deva ter morte trágica e o justo tenha morte sem dor – nem que o justo não possa morrer por um câncer – a morte física é para todos. A pobreza e a riqueza de um e de outro não estão necessariamente ligados à condição espiritual.
A palavra fala ainda que a paciência de Deus aguardava (sofria enquanto) Noé construir a arca – nesse tempo os homens estavam livres em seus comportamentos, para o mal ou para o bem (e viviam muito mais do que 80 anos).
Há coisas que acontecem ao justo e que entenderíamos que era para o ímpio.
Há coisas que acontecem ao ímpio e que entenderíamos que era para o justo!.
A bíblia fala ainda que (Deus suportou) os pecados de babilônia (até que) subiram até o céu. A grande dia do juízo está chegando – então cada uma dará conta de seus feitos.
Certa vez li num livro onde o autor relata uma experiência de ter sido levado ao céu e ter permanecido lá por alguns dias. Lá ele viu Jesus, Elias, o rio de Deus e arvore da vida... Em dado momento chega uma carruagem celestial trazendo uma senhora que fora salva! Essa mulher, ao contemplar a grandeza de tudo ao seu redor, começou a clamar: "Não dou digna, não sou digna". E então ela foi confortada acerca de sua fé na terra, que lhe garantiu a salvação.

E a bíblia é clara e direta quanto aos outros (pecadores por opção) que pensam que seus nomes estão escritos no livro da vida, que são filhos de Deus; que pensam: "Sou digno, sou digno", mas terão uma surpresa devastadora.

(*) WASHER, Paul. O evangelho de Deus & o evangelho do homem. Editora Hagnos, 2015, pag 71

domingo, 1 de dezembro de 2019

Ressurreição de JESUS e As Testemunhas de Jeová


A bíblia é inquestionável para aqueles que creem que ela é a Palavra de Deus. Assim como Deus não mente, sua palavra também não mente.
A bíblia é a Palavra de Deus; ela revela Deus; ela é “o próprio Deus falando”
Muitos dos relatos da bíblia são atacados de modo ferrenho pelos céticos ou pelos que tem apenas a visão do mundo para todas as áreas da vida. O livro de Gênesis é muito atacado por revelar os princípios e revelar Deus como único criador de todas as coisas. Para os céticos e opositores da bíblia, a verdade da ressurreição é um dos assuntos mais contundentes e mais combatidos de toda a revelação de Deus. Não foi por acaso que Festo, de certa forma, pediu ajuda de Agripa para “que tivesse algo sobre o que escrever a César acerca de Paulo.” A fé cristã e a oposição dos fariseus que culminou na prisão de Paulo eram novidades para ele – um golpe à sua mente romana. (Atos 25:26)      
Disse Festo:
“(Atos 25:19) “Traziam contra ele algumas questões referentes à sua própria religião e particularmente a certo morto chamado Jesus, a quem Paulo afirmava estar vivo.

As religiões trazem todo tipo de ideia ou explicação para todas as inquietações humanas. Toda religião tem um pouco do que chamamos de “pós morte”; na verdade parece ser o cerne de todas as religiões desta terra – explicar ou, apenas tentar explicar o que acontece depois da morte de um homem.

Esse é um pequeno artigo acerca de um tema sobre o qual as Testemunhas de Jeová tem um posicionamento (bem particular) herético:
No site jw.org lemos a seguinte pergunta:
Jesus foi ressuscitado com um corpo de carne ou com um corpo espiritual?
Imagem de jw.com

Resposta das testemunhas de Jeová:
As próprias palavras de Jesus mostram que ele não seria ressuscitado com um corpo de carne e sangue. Ele disse que daria sua “carne a favor da vida do mundo” como um resgate para a humanidade. Se Jesus tivesse sido ressuscitado em seu corpo carnal, o sacrifício dele como resgate teria sido cancelado. Mas não foi isso o que aconteceu, pois, a Bíblia diz que Jesus sacrificou seu corpo e seu sangue “de uma vez para sempre”
Como podemos explicar um sacrifício cancelado?  Seria “desfazer um sacrifício?” Ressuscitar o animal que foi morto e soltá-lo de novo em área livre? Seria mais apropriado usar o termo “rejeitado” (portanto, não realizado) levando em consideração as condições impostas pelo próprio Deus para que tal oferta seja agradável a Ele.  Mas é possível entender a linha de pensamento herético dessa sociedade.

É o seguinte:
“Jesus deu seu corpo em sacrifico para nos resgatar do pecado. Existe uma expressão popular: “Deu; está dado!!” (se você deu algo, esse algo está dado e não pode voltar para você – salvo se aquele que o recebeu devolvê-lo a você.)  Se, Jesus ressuscita no mesmo corpo, é como estar pegando de volta aquilo que Ele mesmo deu. Se seu corpo foi dado de uma vez para sempre, não pode ser tomado de volta!

Essa resposta da STV é uma engenhoca subliminar para ensinar que, quando Jesus morreu, seu corpo transformou-se um vapor gasoso e subiu pelos ares. E que, suas aparições após a morte foram apenas em visão que ele permitiu aos olhos humanos (é isto que ensinam – que ele não estava num corpo físico).
Assim, temos outra pergunta em jw.org
Se Jesus foi ressuscitado com um corpo espiritual, como é que os discípulos dele conseguiam vê-lo? (aqui querem embasar que Jesus ressuscitou num corpo espiritual e que “vez ou outra, permitia ser visto pelos homens”)
Resposta da STV:
Mas, por ser uma criatura espiritual, ele podia aparecer e desaparecer de repente. (Lucas 24:31; João 20:19, 26) Cada vez que Jesus se materializava, ele usava um corpo diferente. É por isso que mesmo os amigos mais íntimos de Jesus só conseguiam reconhecê-lo pelas coisas que ele dizia ou fazia. — Lucas 24:30, 31, 35; João 20:14-16;21:6, 7.

O que parece ser (da parte dela) uma defesa da fé e da eficácia da redenção do homem por meio do sacrifício de Jesus Cristo, é na verdade a implantação de uma ideia subjetiva para negar por completo a ressurreição física de Jesus.

Quanto a Lucas 24:31, se voltarmos ao verso 16, lemos que “os olhos dos discípulos estavam como que, impedidos de o reconhecer”. Aquilo era o poder de Jesus – de não se dar a conhecer, embora estivesse na mesma aparência humana do período que viveu fisicamente. É outra distorção da revelação bíblica, de modo que aquilo que está escrito é moldado na mente do leitor para que ele entenda aquilo que a sociedade quer que ele entenda. Não está escrito que ele não foi reconhecido por estar com outra aparência e não está escrito que só reconheceram Jesus pelas coisas que ele dizia ou fazia! Está escrito que Jesus impediu que os discípulos o reconhecessem.

Veja: do site jw.org https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/402014842 (grifos e negritos nossos)


A RESSURREIÇÃO DE JESUS FOI DIFERENTE

Por que a ressurreição de Jesus foi diferente de todas as outras que já tinham acontecido?
Os apóstolos sabiam que a ressurreição de Jesus havia sido diferente de todas as ressurreições anteriores. As outras pessoas foram ressuscitadas com um corpo físico, mas Jesus foi ressuscitado com um corpo espiritual. Com o tempo, aquelas pessoas morreram de novo, mas Jesus não. Ele nunca vai morrer. (Leia Atos 13:34.) Pedro escreveu que Jesus foi “morto na carne, mas vivificado no espírito”. Além disso, Cristo “está à direita de Deus, pois foi para o céu; e foram-lhe sujeitos anjos, e autoridades, e poderes”. (1 Pedro 3:18-22) As outras ressurreições foram milagres impressionantes, mas a ressurreição de Jesus foi o maior milagre de todos.


Vejamos todas as ressurreições citadas na bíblia (além do próprio Cristo).
R1:       1 Reis 17:17-24           Elias ressuscita o filho de uma viúva em Sarepta!
R2:       2 Reis 4:18-37             Eliseu ressuscita o filho de uma mulher sunamita!
R3:       2 Reis 13:20-21           Um cadáver ressuscita ao ser lançado na cova de Eliseu!
R4:       Lucas 7:11_15             Jesus ressuscita o filho de uma viúva!
R5:       Lucas 8:41-55             Jesus ressuscita a filha de um homem chamado Jairo!
R6:       João 11:1-44                Jesus ressuscita a Lazaro!
R7:       Mateus 27:52-53         Muitos corpos de santos que dormiam ressuscitaram!
R8:       Atos 9:36-43                Pedro ressuscita Dorcas (Tabita)!
R9:       Atos 20:9-10                Paulo ressuscitou um jovem chamado Eutico

Obviamente todas as ressurreições aqui citadas foram realizadas por Deus, através de seus servos e na pessoa de Jesus.
A pergunta que vai de encontro a ideia das Testemunhas de Jeová é:
O que há de comum em todas essas ressurreições?
(Abrindo um parêntese para o item R7, e tomando como base todas as demais ressurreições relacionadas, fica entendido que os ressurretos em R7 tinham morrido nos últimos 4 dias (como Lazaro) – há quem defenda que eles subiram também ao céu quando Jesus ascendeu. Caso esses ressurretos tenham passado por decomposição, então reforça-se a ideia de que logo que ressuscitaram, subiram imediatamente para o céu, pois o grande sacrifício por eles tinha sido realizado naquela hora; e pelo fato de não terem mais um corpo físico.

Por que essa tese?
Justamente pela evidencia das demais relacionadas:
“Que todos ressurgiram em seus próprios corpos físicos – ou seja, não passaram por decomposição da carne. Só um chegou a ser de fato sepultado (Lazaro); dois outros estavam sendo levados as respectivas sepulturas e os demais foram ressuscitados dentro de suas casas – nos mesmos corpos.
A ressurreição é a volta do espirito no mesmo corpo e não uma reconstituição de carne e ossos para receber novamente o espirito! Se há reconstituição de ossos, tecidos e cabelos, não há que se falar em ressurreição e sim em reencarnação (tomando como base todas as ressurreições relatadas na bíblia).
Davi escreveu: “em pecado me concebeu minha mãe” (o corpo físico se forma dentro de outro corpo físico, e os únicos corpos que não se formaram dentro de outro corpo (de pecado) foram os de Adão e Eva.
Não há nenhum caso de reconstituição física na bíblia.
O pecado e a morte matam o corpo; e o corpo se decompõe!
Em todos os casos citados acima, as pessoas retornaram à vida no mesmo estagio em que morreram, ou seja, com a mesma idade, mesmo porte físico, mesma voz e ainda deram continuidade as mesmas coisas que faziam (e com seus parentes) no momento em que morreram.
Olhe novamente cada caso mencionado – todos retomaram suas vidas a partir do exato ponto em que morreram.
A ressurreição de Jesus Cristo é a base para a salvação – Jesus venceu a morte – nenhum homem pode por si vencer a morte; exceto aquele cuja vida está escondida com Cristo em Deus (Colossenses 3:3). Paulo escreveu: “Estou crucificado com Cristo, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim...” (Gálatas 2:20).
A morte destrói o corpo – o corpo (carne) dá expressão (torna ativo) ao pecado. A vitória de Jesus é justamente no corpo físico – quando ele ressuscita no mesmo corpo, evidencia a derrota da morte, pois a morte destrói o corpo por causa do pecado. No caso de Jesus, foi o contrário: Ele destruiu a morte no corpo.

1 – Ele assumiu a forma humana, sujeito aos mesmos pecados, mas não pecou (1 Pedro 2:22; Hebreus 4:15)
2 -  Ele morreu como um ser humano comum; mas a morte não pôde detê-lo (Atos 2:24) e seu corpo não sofreu a decomposição (Atos 2:31)
3 – Ressurreição no mesmo corpo é uma base muito forte para provar que Jesus venceu o pecado da carne e venceu a morte que corrompe (decompõe) um corpo pecaminoso (o corpo de Jesus era imaculado).
Portanto, ele ressuscitou! E sua ressurreição é a prova de que a morte foi derrotada! Ele mostrou a Tomé as marcas dos cravos nas mãos e a marca da lança que lhe furou quando estava pregado na cruz – Ele estava no mesmo corpo.



sexta-feira, 31 de maio de 2019

Por quê, Deus? Por quê Jó?


Todos os pregadores do mundo já pregaram sobre a vida de Jó pelo menos uma vez em todo o trabalhar para Deus. Jó é o modelo da provação e da paciência! 
Com base na história dele, surge a pergunta:
Por quê sofrem os justos?
Para todos nós é fácil pregar quando temos todo o desenrolar de um fato, como a historia de Jó. Difícil é colocar-se no lugar dele.
Difícil é entender o que realmente estava em jogo...

Não se tratava de bens materiais! Não se tratava da fazenda, nem os rebanhos e nem dos filhos! 


Os argumentos e as acusações de Satanás se apoiam nessas coisas... 
"Porventura Jó teme a Deus a troco de nada? Não foi Deus que o encheu de bens?

Não se tratava de religião! 
Jó oferecia sacrifícios a Deus em favor de seus filhos, buscando por eles o favor de Deus! 
"..porventura tenham blasfemado de Deus em seus banquetes e festas..."

Não se tratava da saúde física! 
Satanás falou: "Pele por pele, e tudo que o homem tem, dará por sua vida... toca-lhe nos ossos e verá ele blasfemar de ti na tua face..."
A "dor nos ossos" (vamos chamar assim) faz minguar todas as reservas, todo o patrimônio de bens materiais de um homem! e esse se dispõe a pagar tudo que tem por sua saúde!

Tratava-se de uma pessoa, a pessoa de Jó em relação a Deus: Jó conhecia Deus e Deus conhecia Jó!
Tratava-se do elo entre duas pessoas!
Jó era o exemplo para sua época; um exemplo inclusive no reino do espirito! Pois Deus disse a Satanás: "Viste meu servo Jó?" Homem integro e reto, temente e que se desvia do mal!
Parece que Deus usa um tom até sarcástico com Satanás:
"Rodeaste e passeaste pela terra? Mesmo? Então, certamente viste meu servo Jó! E Deus não o descreveu em termos de riqueza ou de estatura religiosa ou beleza física! Para Deus era suficiente que Jó fosse integro, reto, temente e que se desviasse do mal!

Satanás age com foco numa relação triangular: Ele vê: Deus, os bens desta terra e o homem.
Ele sussurra no homem uma ideia de "religião" nutrida pelo interesse e carregada de inseguranças quanto às necessidades materiais! Depois, ataca o homem nessa área dos bens terrenos como uma serpente que pica a presa e a deixa andar estonteante e desgovernada até que essa morra... para depois engolir.

Deus se relaciona conosco numa linha reta: Ele e o Homem! Nada pode se interpor no meio! A benção material está inserida na relação, e tudo o que o homem tem é procedente de Deus na relação por meio de Cristo. (Em Cristo, Deus nos dá graciosamente todas as coisas... Romanos 8:32)
Ou podemos dizer também que a relação é circular (um elo, sem ângulos), um todo, sem começo e sem fim - Jesus disse: "Para que sejamos um só... eu neles e tu em mim... numa unidade" (João 17)
O relacionamento com Deus tem como boa consequência a benção material, mas o bem material não deve ser condição para esse relacionamento.

Ninguém sabe qual era a estrutura espiritual da mulher de Jó; infelizmente, a única menção direta que a bíblia faz dela é naquele pequeno discurso pesado: "Ainda manténs a tua integridade? Amaldiçoa teu Deus e morre!" Essas palavras marcam negativamente a mulher de Jó! Se ela era igualmente temente e fervorosa na relação com Deus, isso ficou abafado por essa única frase: "Amaldiçoa o teu Deus e morre!" Isto é tudo que a define para nós. Isto se tornou sua marca! Talvez nunca saberemos qual foi seu destino, mas temos uma ideia dos intentos de Satanás! 

Ele vai começar manipulando os interesses materiais do homem, depois vai tentar atingir a integridade física, causando a instabilidade que abala uma relação, preparando o atalho para a morte!

Pois bem!
Aí está o trabalho incansável e metódico de Satanás: 
Que o homem perca a visão do que Deus é! 
Do que Ele é em Si mesmo!
Do que Ele é para a sua criação! 
De todo o bem que provém dEle e,
De tudo que a Ele é devido! 
E então que o homem rompa todos os limites do temor, da consciência, da submissão e reconhecimento da grandeza divina, chegando ao ponto de amaldiçoar a Deus e morrer!

Paulo, falando da vida eterna, que Cristo proveu para nós em sua ressurreição, escreveu: "Se nossa esperança se limita às coisas desta vida, somos os mais miseráveis de todos os seres humanos (1 Corintios 15:19).
Nossa devoção depende do que Deus nos dá nessa terra?

E o que diria Jó?
Ele diria:
Não me importo com as fazendas, nem com os rebanhos! Nem mesmo meus filhos estão em primeiro (Vi a loucura na atitude, na face e nas palavras da minha mulher...)
Jó diria:
Eu posso perder todas essas coisas! Só não suportaria perder a filiação e o favor de Deus! Não saberia viver sem amá-lo.

Nossas pregações são criativas! Jó perdeu tudo!!!! (os bens materiais, os filhos e a saúde)
Jó diria: "Eu não perdi nada!!"