domingo, 27 de setembro de 2009

Orações não se perdem no caminho5

A Oração do Homem e o Tempo de Deus



Jó 6:11-13 Por que esperar se já não tenho forças? por que prolongar a vida se o meu fim é certo? Acaso a minha força é a força de pedra? ou é de bronze a minha carne? Não! jamais haverá socorro para mim; foram afastados de mim os meus recursos.




Salmo 69:3 Estou cansado de clamar, secou-se me a garganta; os meus olhos desfalecem de tanto esperar por meu Deus.





Em Lucas 11 Jesus ensinou sobre a persistência. Vale ressaltar que: para se bater na porta de um amigo à meia noite para pedir alguma coisa é bom que antes se tenha a certeza de que essa amizade vai muito bem. Deus se relaciona com seus filhos em primeiro lugar (Mateus 15:26). O que nos torna filhos? Reconhecê-lo como o cordeiro que foi oferecido em sacrificio por nós - por causa dos nossos pecados, considerarmo-nos mortos por causa dos nossos pecados, mas vivificados por Ele por causa desse mesmo sacrifício. Levarmos vida santa de acordo com a vida dele. Romanos 8:11-17 dá uma base disto tudo. Em toda a extensão do Novo Testamento, aprendemos sobre o relacionamento com Deus por meio do ouvir e do falar. E é pela medida desse relacionamento que se explica a situação de uma nação, um povo, uma igreja, uma familia, um homem. Quem pode suprir as necessidades deste mundo? Quem pode refrear o avanço do pecado - até mesmo dentro da igreja? A violência, a corrupção, as doenças e todos os males imagináveis tomam proporções alarmantes. Parece que o povo de Deus é minoria na terra; e dentro desta minoria há uma maioria que não se relaciona com Ele de fato e de verdade. O poder de Deus ficou no passado do coração de muitos que hoje sobem nos nossos púlpitos; no mesmo passado em que muito se falava de avivamento - hoje a igreja está bem mudada - mas dentro de cada uma delas, sem exceção - há uma pequenino grupo formado por aqueles que estão atentos a cada verbo da Palavra de Deus, atentos a cada promessa, cada profecia, atentos ao que Jesus ensinou e ao que os apostolos e Paulo praticaram. Esses estão subindo no que parece ser um tobogã por onde muitos desceram na prática da fé.
Esse pequeno povo ora - com base firme - oram sobre o que o Senhor disse - esses têm os pés firmados na rocha e os olhos voltados para a fidelidade de Deus. Não descansarão. Deus está lhes revelando as coisas que os sabios e entendidos rejeitaram - suas orações têm chegado até o trono. Acima transcrevemos as palavras de Jó e do Salmista - eles pareciam estar cansados; Jó pendia para o desespero - quase abrindo mão da própria vida. Quantas vezes nós mesmos não chegamos ao mesmo ponto? talvez não usemos as mesmas palavras, mas mostramos o mesmo desanimo. Acontece que o relógio de Deus não gira no mesmo ritmo do nosso; os meios de Deus não sãos os nossos - e nem todos estão amadurecidos o bastante para simplesmente "esperar, descansar e confiar" Lembro-me de Moisés quando demorava-se sobre o Monte Sinai; logo um Bezerro de Ouro tomou seu lugar pois o povo não podia mais esperar - chegaram ao seu limite.
O que dizer ao povo que ora? Eles se tornarão estranhos à própria igreja. Jesus se revelará aos tais como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo - esses enxergarão o pecado onde outros estarão se banqueteando sem se importar em distinguir as coisas do céu ou do inferno. Eles intercederão em silêncio, suas orações se acumularão dos quatro cantos da Terra; por anos até!; até o grande e real avivamento. Não lhes faltará a certeza - o tempo não calará suas bocas - suas orações não se perderão no caminho.

domingo, 20 de setembro de 2009

Orações não se perdem no caminho4















Vou transcrever parte de uma pregação que vi num vídeo ontem 18/09/09. O pastor Paul Washer pregava para os próprios compatriotas, discorrendo sobre Mateus 7:


". . . em 100 anos, a maioria das pessoas deste prédio estarão no inferno! E muitos que até mesmo professam Jesus Cristo como Senhor, passarão a eternidade no inferno! E você diz: "Pastor, como você pode dizer uma coisa como esta?" Eu posso dizer uma coisa como esta, pois eu não realizo meu ministério nos Estados Unidos da América. Eu quero que vocês saibam que quando olham para o cristianismo americano, ele é mais baseado numa cultura sem Deus do que na Palavra de Deus. E tantas pessoas são enganadas, e tantos jovens são enganados, tantos adultos são enganados em crer que por terem feito uma oração uma vez em suas vidas, eles irão para o céu. E então, quando eles olham ao redor e vêem outros que confessam a Cristo e vêem essas pessoas tão mundanas quanto o mundo, e comparam-se uns com os outros, nada perturba seus corações. Eles pensam: "Bem, eu sou igual à maioria do meu grupo de jovens." Eu vejo as coisas que não deveria ver na tv e rio (divertir-se com) das coisas que Deus odeia. Eu uso roupas sensuais, eu falo como o mundo, eu ando como o mundo, eu amo a musica do mundo! Eu amo tanto essas coisas do mundo! Mas graças a Deus, eu sou um cristão! Por que eu sou um cristão? Eu não pareço diferente da maioria das pessoas da minha igreja! Por que eu sou um cristão? Porque houve uma vez na minha vida em que eu fiz uma oração e pedi para Jesus entrar em meu coração. Eu quero que você saiba que a maior heresia na Igreja Evangélica Protestante Americana é que se você orar e pedir para Jesus Cristo entrar em seu coração, Ele definitivamente entrará. Vocês não encontrarão isto em lugar algum das escrituras; vocês não encontrarão isto na história da Igreja Batista até 50 anos atrás. O que vocês precisam saber é que a salvação é pela fé, e somente em Jesus Cristo. E a fé, somente em Jesus Cristo, é precedida e seguida de arrependimento, um abandono do pecado, um ódio às coisas que Deus odeia e um amor pelas coisas que Deus ama. Um crescimento em santidade e um desejo, não de ser como Britney Spears, não de ser como o mundo, e não ser como a maioria dos cristãos americanos, mas de ser como Jesus Cristo. (nesse momento a multidão explodiu em aplausos e vibrações) ele completou - "Eu não sei porque vocês estão aplaudindo; eu estou falando de vocês" Eu não vim aqui para ouvir améns, não vim aqui para ouvir aplausos. Eu estou falando de vocês.


Embora fosse uma pregação de uma pastor americano, direta ao povo americano, tudo isso (digo que foram 58 minutos de verdade do alto) pode ser visto bem perto de nós. Nós como igreja perdemos a noção do que somos, ou do que deveríamos ser. De fato, o costume com o mundo faz parecer que tudo é normal e que Deus foi adaptado à maioria. Ele tanto enfatizou: "Nem todo o que diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus."


A imagem da direita (a imagem do blog - minha primeira postagem) retrata um pouco do que busco para mim (sempre questionei: o que outros cristãos esperam de Deus? Não querendo ser melhor do que eles - de fato não sou. Acho que ninguém mais do que eu tem a necessidade de que Cristo seja hoje o mesmo que pisou na terra - Ele É!) Nesse momento tenho em mente 1 Coríntios 15 inteiro, que dá um ensino de causa e efeito: Se... então... Se... então... (1 Cor 15:12-19) O capítulo inteiro pode se encaixar nesta foto - morte sendo absorVIDA pela vida, um novo homem a partir do relacionamento com Cristo. Como tronco seco e morto pelos meus pecados e delitos (Efésios 2:1-7) tenho eu sido revestido de Cristo? meu modo de viver mostra isto? Vamos a segunda foto.

A segunda imagem tem ligação com nosso comportamento: São os muros que dividem: De um lado, a benção, a comunhão e a santidade; do outro lado: o mundo, o pecado, o domínio e a vitrine de satanás. Quantas vezes temos rompido nossos muros? ou melhor: de que lado do muro estamos? O que é normal para mim? As leis de Deus tem sido reescritas por nossas igrejas? Estamos abrandando as coisas - o preço será alto. (Eclesiastes 10:8)
O pastor Washer quis dizer que os pecados já são tão normais e tão comuns nas igrejas americanas (norte-sul) que nem são mais considerados como pecados. Ele quis dizer: Se você está tão tranquilo e certo de sua salvação, preocupe-se com isto. Grande surpresa pode estar esperando por você.
Parece que estou pregando no blog. Não estou mais do que colocando em palavras aquilo que Deus tem colocado em meu coração - embora tudo isso pareça ser recado para outros, é, acima de tudo a balança em que tenho me colocado - nesses úlimos dois anos tenho orado mais do que nos outros vinte desde a minha conversão. Uma coisa posso dizer em âmbito geral: Quando oramos, Deus nos abre os olhos, os ouvidos, o entendimento; molda nosso comportamento, nosso espírito; coloca-nos no caminho estreito. Ele quer nos transformar à sua imagem.
Talvez as pessoas que mais buscam a Deus - em algum momento - têm medo (digo medo no sentido da preocupação) de não serem encontradas dignas da salvação. medo de serem reprovadas; sentimento de desagradá-lo; sentimento de entristecê-lo. Isto não é fraqueza por parte dessas pessoas, pois quanto mais o buscam, mais ele revela sua santidade - quanto mais revelada for a santidade divina, mais latente se torna a miserabilidade de nossas justiças próprias. Quem teme ser queimado? o que está proximo ou longe do fogo? Vamos meditar num trecho do livro de Exodo descrito em Hebreus 12:18-29:
Ora, não tendes chegado ao fogo palpável e ardente, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, e ao clangor da trombeta, e ao som de palavras tais, que, quantos o ouviram suplicaram que não se lhes falasse mais. Pois já não suportavam o que lhes era ordenado: Até um animal, se tocar o monte será apedrejado. Na verdade, de tal modo era horrível o espetáculo, que Moisés disse: Sinto me aterrado e trêmulo! Era a presença de Deus.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Orações não se perdem no caminho3

Um grande homem de Deus ensinou que fé não se produz, por mais que nos esforcemos; fé não é sentimento, não se manifesta em forma de gritarias, tremedeiras, arrepios enfim, a fé pende muito mais para a razão - não aquela razão que se alimenta do humanismo e anda de mãos dadas com a ciência. A fé é uma simples certeza.

Certo homem foi convidado a explicar a fé: Ele chamou um amigo e lhe pediu que ficasse à sua frente, de costas, a distancia de quase um metro; disse a esse amigo que ao seu sinal, ele deveria lançar-se para trás e cair sobre uma promessa: "eu estou aqui atrás e segurarei você" lançar-se ou não, dependeria do quanto ele me consideraria fiel no que prometi. Se considerar que estou mentindo ou brincando, ficará imóvel onde está, mas se sou verdadeiro para ele, então se lançará sem medo.

Outro homem exemplificou que exercemos fé ao apertar um tecla para acender uma lâmpada. Como assim? Simples: Sei que aquilo é uma tecla que serve para acender uma lâmpada, olho para o teto e vejo que a lâmpada está lá; aperto a tecla e a lâmpada se acende, aperto novamente e ela se apaga. Imagine crianças fazendo brincadeiras de desafio: "Você duvida que eu acenda aquela lâmpada?" a resposta é: "duvido"; então ele aperta a tecla, a lâmpada se acende e todos ficam admirados até que um outro diz: "Quem não sabe fazer isto?" "basta apertar a tecla e a lâmpada vai acender mesmo . Você pensa que eu não sei que existem fios por dentro da parede?" É figuradamente isto: Vejo a tecla, vejo a lâmpada; não vejo os fios - mas sei que estão lá - dentro da parede e garantirão que a energia elétrica vá até a lâmpada.

Nesses anos, desde que conheci o evangelho, já me vi em varias situações em que pedi algo a Deus com toda força do meu interior - algo como: falar no pensamento, apertando bem os olhos fechados, forçando os dentes como se tivesse cortando algo e apertando bem os lábios - imagine isso sentado com os dedos das mãos entrelaçados e prensados entre os joelhos - parece a fórmula da oração fervorosa - mas não é - dependendo do que está sendo pedido, pode ser a um clamor desesperado.

Salvação é ato de fé? É!

Sinta por si mesmo ao dizer a alguém: "Eu acredito na salvação"

Quando digo que acredito, dou ao outro a oportunidade de dizer que (ele) não acredita e por quê não acredita- esse contra-argumento pode se tornar um seta de dúvida. Se digo: "Eu sei que estou salvo," não cabe ao outro qualquer argumento contrário. Quem pode dizer que eu não sei aquilo que sei? A ignorância do outro não anula minha certeza. Qualquer contra-argumentação é ineficaz.

Acreditar é quase uma opção - posso acreditar no que eu quiser e duvidar do que quiser;

Saber é quase uma condição - se sei ou não sei - saber não é simples questão de querer saber.

O saber se conquista.

Entre a tecla e a lâmpada que se acende estão os fios por dentro da parede.

Entre Deus e o homem está sua Palavra, da qual, o conhecimento gera a fé que é certeza, convicção.

****

Deus deu azeite à viúva até que ela enchesse o ultimo vaso. Elias ordenou que pedisse vasos às vizinhas, não poucos. . . alguém certa vez ilustrou que Elias dificultou as coisas para Deus quando combatia com os falsos profetas de Baal e do Poste Ídolo, para que a glória fosse maior - neste questão do azeite não foi muito diferente; ele mandou que a mulher conseguisse muitos vasos para que Deus os enchesse - e assim foi - Deus deu o azeite até o ultimo vaso.

Ilustrando: Deus estaria olhando para aquela mulher empilhando vasos em casa para que Ele os enchesse - talvez dissesse: Esse meu servo Elias!!. . . primeiro me faz consumir com fogo um sacrifício todo molhado? Agora tenho que encher todos esses vasos!!

É isso mesmo. Nos dois casos o "solo foi preparado" - quanto mais difícil (para o homem), melhor para Deus.

Enfim:
Temos que nos preparar para receber. Devemos estar saturados com a Palavra.
Deus diz que faz, diz o que faz e faz o que diz.
Exercito a fé no Deus que cura sem que eu esteja doente.
Exercito a fé no Deus da provisão sem estar necessitado.
Exercito a fé no Deus protetor sem que eu esteja em perigo.
Exercito a fé no Deus que tudo faz sem exigir que ele me prove coisa alguma.
Fico atento ao verbo da Palavra (isto aprendi com Tim La Haye) para não interpretar erroneamente: passado, presente e futuro.
E quanto me vejo diante de todas essas coisas, apenas invoco sobre mim as verdades em que meditei. - isto é aprendizado, ainda estou aprendendo.



sábado, 12 de setembro de 2009

Orações não se perdem no caminho2


ALVO - ALGO - ALVO
o que é "algo" para mim?



Paulo completou dizendo: "mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim não julgo havê-lo alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se porventura pensais de outro modo, também isto Deus vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos." - Filipenses 3:12-16
Antes quero inserir um comentário sobre um filme que assisti: "Arn - o cavaleiro templário" Cecilia Algotsdotten e Arn Magnusson's iam se casar, mas, dada a certa circunstância, foram condenados a 20 anos de penitência. Ela foi para uma Abadia e ele para um Mosteiro. Na Abadia (aliada ao reino inimigo) Cecilia foi muito maltratada, ao mesmo tempo que ele foi enviado às cruzadas para proteger a Terra Santa. Esses vinte anos foram suportados pela esperança de se reencontrarem - ambos viviam com esse alvo nos corações. Próximo ao fim da penitencia de ambos, morreu a algoz Abadessa Rikissa e Cecilia foi convidada a substituí-la, mas negou-se dizendo estar no fim de sua penitência e que então viveria com seu amado - essa era sua esperança. Do outro lado, Arn recebia seu salvo-conduto; ele então anuncia ao Grão-Mestre que partiria na próxima lua cheia; o Grão-Mestre desdenha suas palavras e lhe rasga o salvo conduto. Nesses dias travou-se nova batalha pela tomada de Jerusalém, Arn fica gravemente ferido, mas o lider em Damasco o deixa ir embora. Ao mesmo tempo Cecilia recebe a falsa notícia da morte de Arn - desolada - sentindo-se sem alvo, tendo perdido o "magnetismo da vida" nada mais a atraia para qualquer direção, então resolveu voltar para aquela mesma abadia, quando declarou: "Tenho que "devotar a algo" a minha vida"
Paulo escreveu aos corintios: "Todos correm no estadio, mas um só leva o premio" - todos tinham um objetivo - chegar e ganhar.
Continua: "Todo atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, para alcançar uma incorruptível."
E completou: "Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes ao ar." Golpes ao ar é como uma gerra sem objetivo - uma investida para coisa nenhuma.
Ninguém pode viver sem um objetivo, sem meta, sem propósitos - sem algo que o atraia para tal.
Paulo escreveu que Cristo o conquistara para algo, e que para esse algo ele prosseguia - até que o conquistasse.
Jesus declarou: "A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou"
O salmista aconselhou: "Agrada-te do Senhor, e ele satisfará aos desejos do teu coração"
Paulo ainda: "Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.

Olhando firmemente para o autor e consumador da nossa fé
Parece que Deus coloca algo diante de cada um de nós, para nos atrair, nos impulsionar - (e não caberão aqui os espinhos da parábola de Mateus 13) - pois o propósito de Deus é que o alvo esteja a cada dia mais próximo, nítido, tangível.
Uma linha reta
Ele mesmo traça uma linha reta entre nossos olhos e seu plano para nós. Somos movidos pelas coisas que gostamos, portanto almejamos. Se o buscamos com o espírito e o coração, temos dois sentimentos que parecem contrários mas não o são nesse caso: a presença e a distância. O sentimento da presença dele nos confirma seu amor e aprovação; o sentimento da distância nos desafia a buscar ainda mais - desde que não se perca o alvo. Todo homem sem Cristo tem um vazio em si - isto é uma certeza; mas o que diz estar em Cristo deve buscar esta certeza por meio das coisas em que se ocupa, que gosta e pelas quais luta. "O costume faz a lei" já ouvimos isso pelo menos uma vez. Temamos perder a noção do que agrada a Deus e do que o aborrece; do que nos aproxima dele ou do que o afasta de nós.
Não sei se falou literalmente de si, ou ilustrou em relação a todo homem, mas Paulo declarou: "O bem que quero fazer, não faço; mas o mal que não quero, esse faço" - para si ou para outros ele ao menos deu a enfase ao dizer "do mal que NÃO queria" -digo novamente: "temamos perder a noção de que lado estamos." O homem espiritual é uma vida e o homem natural também. O homem espiritual relaciona-se com Deus sem perder a identidade na terra, sem conflitos internos, ele vive na terra, mas pertence a Deus - algo que o Salmo 1 explica bem. O homem natural se relaciona com o mundo e com as coisas do mundo - quanto mais dele se alimenta, mais se distancia de Deus e menos compreende de suas obras - algo que 1 João 2:15-17 explica bem.
Paulo disse: "esquecendo-me das coisas que para trás ficam, prossigo para as que diante de mim estão"
Paulo falou de "esquecer" - Deus falou de "lançar no fundo do mar nossos pecados" - E quanto a mim? Quando olho firmemente para a frente; sigo em direção a que? vejo o que? o que me atrai?

domingo, 6 de setembro de 2009

Orações não se perdem no caminho1




em naufrágio, na voragem do mar

Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, e volta à prática das primeiras obras; e se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas (Apocalipse 2:5)


Já faz alguns anos que entendi que quando buscamos ao Senhor, sua atitude não é de descer ao nosso nível, mas de elevar-nos até o nível dele. Quando avançamos no caminho do Senhor, as coisas vão tomando forma; digo que a cada passo na direção dele, o relacionamento vai saindo da lógica humana e entrando na lógica divina. O tempo, a ação e os meios são dele e não nossos.

Lembro-me de Pedro: "Se és tu, Senhor, manda-me ir contigo sobre as águas" Jesus disse: "Venha" Pedro seguiu, andando sobre as águas, mas ao sentir o vento forte, teve medo e começou a afundar-se. Nossas mentes são "programadas." Imediatamente Pedro buscou aquilo que estava em sua mente: uma superfície sólida para pisar - e não morrer afogado - naquele momento a lógica humana - que incluía também a certeza de que Pedro morreria afogado - venceu (exceto pela intervenção de Jesus em salválo da morte).

Eu poderia citar alguns milagres que exemplificassem o contraste entre a mente humana e a divina, mas todos os milagres se encaixariam como exemplo. Logo concluí: Tenho que reprogramar minha mente.

Qual não seria a repercussão de Romanos 12:1 se nele colocássemos um ponto final antecipado? ficaria assim: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus [ ]." Estaria a Palavra de Deus nos rogando a que nos oferecêssemos sobre um altar de sacrifício para morrer fisicamente para Deus? Se de fato fosse assim, todos os verdadeiros e genuínos cristãos morreriam para Deus ao chegar nesse capítulo - outros muitos - ainda que sinceros - abandonariam a fé, pois pela "mente humana" seria inaceitável o sacrificar-se, ainda que isso lhes proporcionasse um salto direto para a glória de Deus. No entanto a Palavra por si mesma se explica: Paulo referia-se ao culto racional e não a um santo suicídio; e depois complementa: mas transformai-vos pela renovação da vossa mente - para quê? - para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Transformar-se pela renovação da mente é uma condição!

No caminho com o Senhor, nunca veremos uma placa que indique "retorno." Não há retorno; ou avançamos ou encalhamos. Aquele que lança mão do arado e olha para trás é inapto para o reino de Deus. Não sei o que moveu a mulher de para que olhasse para trás, mas ela recebera a orientação de Deus para que não fizesse aquilo. No texto de Apocalipse, entendemos que alguém pode "cair" e "continuar caminhando..." porém aquilo que lhe transformou em Zumbi precisa ser tratado.

ANALOGIA DO NAVIO ENCALHADO NA AREIA

Ao contrário dos homens, cujo habitual é pisar em terra firme, necessitando de algo em que firmar o pé, um embarcação ou um grande animal marinho, devem manter-se longe de águas rasas pelo perigo de encalharem na areia. Paulo embarcou num navio com destino a Roma. Lucas relatou: "Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; a proa encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se abria pela violência do mar."
Deus nunca planejou a estagnação para nós, pelo contrario, ele planejou um fluir contínuo de águas; e não planejou que ficássemos parados num ponto qualquer. Sem fé é impossível agradá-lo; não crer nele é (talvez) a melhor maneira de desagradá-lo e impedir todo o seu agir em nosso favor.
É encalhar-se na areia.
O reprogramar da mente requer total mudança de comportamento, oração fervorosa e meditação na Palavra, até que tenhamos nosso ser completamente absorvido pelo Espirito.
Nossas vidas não vão bem? Não refletimos quase nada do que Deus desejou para nós? Sofremos além do que se poderia (de fato) considerar um aprendizado para o crescimento? É escasso o tempo que dedicamos à Palavra e a oração? Estamos ficando condescendentes com o pecado? Estamos adaptando Deus ao nosso viver? Achamos normal pactuar com coisas abomináveis a Deus?
Nossa embarcação encalhou em algum lugar na areia.
Busquemo-lo enquanto se podemos achá-lo. Busquemo-lo, pois podemos se encontrados por Ele.
Aí vai uma nota repetitiva - pois este blog bate numa só tecla:
necessario pois, que, aquele que se aproxima de Deus, creia que ele existe e se torna galardoador dos que o buscam" (Hebreus)
Ele existe de que forma? Ele fala? ouve? sente? age? é mutável? ou imutável? poderoso? atual ou passado?
Há muito navio encalhado na questão dos dons espirituais, das exigências de Deus, da lei de Deus, do "filtro" dos salvos; do poder milagroso, da tolerância ao pecado e etc.
Bem aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo. (Apocalipse 1:3)