domingo, 6 de setembro de 2009

Orações não se perdem no caminho1




em naufrágio, na voragem do mar

Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, e volta à prática das primeiras obras; e se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas (Apocalipse 2:5)


Já faz alguns anos que entendi que quando buscamos ao Senhor, sua atitude não é de descer ao nosso nível, mas de elevar-nos até o nível dele. Quando avançamos no caminho do Senhor, as coisas vão tomando forma; digo que a cada passo na direção dele, o relacionamento vai saindo da lógica humana e entrando na lógica divina. O tempo, a ação e os meios são dele e não nossos.

Lembro-me de Pedro: "Se és tu, Senhor, manda-me ir contigo sobre as águas" Jesus disse: "Venha" Pedro seguiu, andando sobre as águas, mas ao sentir o vento forte, teve medo e começou a afundar-se. Nossas mentes são "programadas." Imediatamente Pedro buscou aquilo que estava em sua mente: uma superfície sólida para pisar - e não morrer afogado - naquele momento a lógica humana - que incluía também a certeza de que Pedro morreria afogado - venceu (exceto pela intervenção de Jesus em salválo da morte).

Eu poderia citar alguns milagres que exemplificassem o contraste entre a mente humana e a divina, mas todos os milagres se encaixariam como exemplo. Logo concluí: Tenho que reprogramar minha mente.

Qual não seria a repercussão de Romanos 12:1 se nele colocássemos um ponto final antecipado? ficaria assim: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus [ ]." Estaria a Palavra de Deus nos rogando a que nos oferecêssemos sobre um altar de sacrifício para morrer fisicamente para Deus? Se de fato fosse assim, todos os verdadeiros e genuínos cristãos morreriam para Deus ao chegar nesse capítulo - outros muitos - ainda que sinceros - abandonariam a fé, pois pela "mente humana" seria inaceitável o sacrificar-se, ainda que isso lhes proporcionasse um salto direto para a glória de Deus. No entanto a Palavra por si mesma se explica: Paulo referia-se ao culto racional e não a um santo suicídio; e depois complementa: mas transformai-vos pela renovação da vossa mente - para quê? - para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Transformar-se pela renovação da mente é uma condição!

No caminho com o Senhor, nunca veremos uma placa que indique "retorno." Não há retorno; ou avançamos ou encalhamos. Aquele que lança mão do arado e olha para trás é inapto para o reino de Deus. Não sei o que moveu a mulher de para que olhasse para trás, mas ela recebera a orientação de Deus para que não fizesse aquilo. No texto de Apocalipse, entendemos que alguém pode "cair" e "continuar caminhando..." porém aquilo que lhe transformou em Zumbi precisa ser tratado.

ANALOGIA DO NAVIO ENCALHADO NA AREIA

Ao contrário dos homens, cujo habitual é pisar em terra firme, necessitando de algo em que firmar o pé, um embarcação ou um grande animal marinho, devem manter-se longe de águas rasas pelo perigo de encalharem na areia. Paulo embarcou num navio com destino a Roma. Lucas relatou: "Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; a proa encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se abria pela violência do mar."
Deus nunca planejou a estagnação para nós, pelo contrario, ele planejou um fluir contínuo de águas; e não planejou que ficássemos parados num ponto qualquer. Sem fé é impossível agradá-lo; não crer nele é (talvez) a melhor maneira de desagradá-lo e impedir todo o seu agir em nosso favor.
É encalhar-se na areia.
O reprogramar da mente requer total mudança de comportamento, oração fervorosa e meditação na Palavra, até que tenhamos nosso ser completamente absorvido pelo Espirito.
Nossas vidas não vão bem? Não refletimos quase nada do que Deus desejou para nós? Sofremos além do que se poderia (de fato) considerar um aprendizado para o crescimento? É escasso o tempo que dedicamos à Palavra e a oração? Estamos ficando condescendentes com o pecado? Estamos adaptando Deus ao nosso viver? Achamos normal pactuar com coisas abomináveis a Deus?
Nossa embarcação encalhou em algum lugar na areia.
Busquemo-lo enquanto se podemos achá-lo. Busquemo-lo, pois podemos se encontrados por Ele.
Aí vai uma nota repetitiva - pois este blog bate numa só tecla:
necessario pois, que, aquele que se aproxima de Deus, creia que ele existe e se torna galardoador dos que o buscam" (Hebreus)
Ele existe de que forma? Ele fala? ouve? sente? age? é mutável? ou imutável? poderoso? atual ou passado?
Há muito navio encalhado na questão dos dons espirituais, das exigências de Deus, da lei de Deus, do "filtro" dos salvos; do poder milagroso, da tolerância ao pecado e etc.
Bem aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo. (Apocalipse 1:3)

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