sexta-feira, 29 de maio de 2009

Meueu 1








Estar enraizado em Cristo é um processo, um modo de vida. A Palavra é bem clara quanto ao que Deus quer fazer em nós e por nós. Ela é também muito clara quando descreve as fraquezas do homem. Apesar de ter postado algumas mensagens positivas neste mês, estou numa fase bem diferente - de declínio espiritual -. Nesses últimos meses minha condição faz lembrar os muros das Cidades de Refugio (Josué 20), muros esses que não podiam ser atravessados... Lembrei-me ainda de Eclesiastes 10:8 que diz que aquele que romper um muro será mordido por uma cobra. Neste ano rompi "meus muros" e tornei-me o oposto do bem-aventurado do Salmo 1. Nos últimos dois anos desfrutei de muita comunhão com Deus, saí pelas ruas nas madrugadas, orei, falei com Ele, chorei, recebi impressões no espirito, aprendi, mas depois caí... Da àrvore bem plantada junto às correntes de águas, restaram somente os galhos... levantei-me novamente, caí novamente.
Hoje vivo a pior fase espiritual da minha vida.
Escrevi certa vez sobre a oração: "Para onde vão as nossas orações?" É certo que elas não se perdem no caminho, mas chegam até Deus. Por três vezes caí e questionei tudo que li, tudo que ouvi, tudo que preguei e tudo que Deus é. Cheguei até mesmo a dizer que o evangelho é uma opção qualquer; como uma religião qualquer. Mas a comunhão com Deus é algo que não se explica facilmente a menos que se viva isso na pratica.
Em cada vez que caí, perguntei-me: Como estaria eu se tivesse permanecido firme até hoje? Se a comunhão não fosse interrompida? Essas perguntas eram carregadas de um sentimento de ter saído da presença de Deus às vesperas da grande benção... "o sentimento de estado quase lá".
Ilustrando:
A "busca" é como subir uma montanha sem tôpo, mas de tempos em tempos - que são determinados por Deus - Deus nos faz ter uma sensação de "tôpo", onde contemplamos as mais deslumbrantes paisagens - como quem está de fato no pico da montanha. Logo essa sensação de topo passa e somos impulsionados a continuar subindo - e esse processo se repete e se repete! Contemplar paisagens é uma metáfora para: "porções da benção de Deus" que são continuas, assim como contínua é a caminhada para cima.
Quando um cristão verdadeiro cai, o sentimento de quase é verdadeiro, pois na presença de Deus estamos sempre sendo abençoados, logo, sou abençoado hoje e ao mesmo tempo estou às vésperas da benção de amanhã.
Os meus últimos cinco anos foram os piores e os melhores da minha vida em termos de perdas, lutas, provas, uma desestrutura e uma reconstrução muito lenta - que às vezes referí-me a ela como o "ressurgir das cinzas" (mitologia grega). Nesse mesmo tempo desfrutei os melhores momentos de comunhão com Deus, pois "agarrei-me" a Jesus como não tinha feito desde que o conhecera - passei a orar diferente, adquiri mais conhecimento da Palavra escrita e então sobrevivi ao "desmoronamento".
Nessa terça feira (26) encontrei-me com algo muito triste, uma situação que chocou-me... então decidí que voltaria para o caminho do Senhor, receberia seu perdão por ter rompido meus "muros" espirituais, e, não mais sairia de sua presença, passaria a interceder por essa pessoa querida.
Moises, os profetas, João Batista, Jesus e Paulo nunca disseram que seria fácil.

Atenta para mim, responde-me, Senhor Deus meu! Ilumina-me os olhos, pra que eu não durma o sono da morte, para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e não se regozigem os meus adversários, vindo eu a vacilar. No tocante a mim, confio na tua graça; regozige-se o meu coração no teu salvamento. Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem. (Salmos 13:3-6)

Imagem de http://www.stockgospel.com






Nenhum comentário:

Postar um comentário