Hoje temos que falar de um assunto que corre
naturalmente para muitos e causa mal estar em outros – A morte.
Talvez tenhamos que atingir aqueles que
nunca tenham se exposto ao assunto, ou tenham fortemente evitado o assunto: “o dia
da morte”.
O evento da morte está envolto em
mistério – fato é que ninguém dentre os mortos, voltou aqui para dizer
exatamente o que aconteceu depois que seus olhos se fecharam na terra.
E, apesar de ser arrepiante para outros
muitos, não há como fugir desta realidade:
Todos morreremos um dia.
Todos nós temos (falamos num simbolismo)
aquele calendário da vida no qual cada dia está dentro de um quadradinho como
um jogo de damas. Quando o relógio marca 00:00 horas, faz-se um “X” num dia que
se findou; acrescenta-se um dia ao tempo vivido e diminui-se um dia dos que nos
restam até a morte.
Estamos caminhando numa direção certa e
inevitável; uns rapidamente outros lentamente, mas é certo que a morte virá –
todos tem essa certeza – nenhum homem pode evitar que esse dia chegue.
Eu não tenho propriedade para falar do
“depois” – cada um terá o seu “depois”.
O “depois” de cada um depende do “agora”,
do hoje.
A morte está ligada ao corpo físico e
aos sentidos.
Para qualquer homem comum, a evidência
maior de que alguém está vivo é o movimento respiratório – mas você nem
verifica a respiração num corpo se nele houver outros movimentos – você sabe
que ele está vivo por causa dos movimentos.
Entendamos então: A nós foi dada a vida
num sopro divino – o sopro divino é o dispositivo que coloca em movimento todo
o resto do corpo.
E o que Deus soprou para dentro de nós?
O espírito!
O espírito é a vida! O corpo é a habitação do espírito – o corpo é
a expressão visível da vida! O espírito não é visível, o corpo é visível. O
espírito, sendo a vida, não é variável, entenda: Ou vivemos ou morremos!
Se vivemos é porque temos espírito; se o
espírito sai de nós, morremos!
Todas as variações ocorrem no corpo!
E o que chamaremos de variação no
contexto da mensagem?
É aquilo que nos torna diferentes uns dos
outros.
Não estou falando de gênero (M,F,) nem
de genética (cor da pele, cor dos olhos, estatura, tipo de cabelo, tom da voz, pelos ou lisura do corpo, tamanho do nariz e
da orelha, tendência a calvície, a obesidade ou raquitismo) nem estou falando de
níveis sociais, nem de níveis intelectuais.
Podemos selecionar no mundo 1000 pessoas
que sejam nessas características físicas; ainda assim, elas serão diferentes
naquilo que quero contextualizar na mensagem:
A diferença que faz nosso destino
diante de Deus é o conjunto das nossas ações, reações, decisões, omissões,
preferencias e paixões – andamos na direção de algo que está atrás de uma
porta.
Para muitos a caminhada é num caminho
apertado e o destino se dá na abertura de uma porta estreita. Para outros; um
caminho espaçoso apontando uma porta larga no horizonte.
O fechar dos olhos (que aqui chamamos de
morte) é simultâneo ao abrir da porta (estreita para a vida ou larga para a
perdição) – é por isso que dissemos que cada um tem seu “agora” e terá o seu
“depois” – dependendo do caminho escolhido – pois a morte é certa e inevitável
– e então tudo que hoje é mistério, deixará de ser!
Por quê um caminho apertado e uma porta
estreita?
Porque tem a ver com meus atos
individuais e aponta para um único homem (Jesus) e um único destino (vida
eterna, direta, sem julgamento).
A salvação é individual – de um para um
(Um só Senhor e salvador; um só ato de justiça; uma só confissão; uma só fé; um
só batismo) – cada um toma isso para si – individualmente.
Estar nesse grupo é ato de escolha consciente
a partir do conhecimento da verdade, o evangelho.
Por quê um caminho espaçoso e uma porta
larga? Porque discorre de todos os atos pecaminosos, de todas os atos de
corrupção, tanto no corpo como fora do corpo, de todas as consequências do
engano e da cegueira, da obstinação e da incredulidade – que se pratica nesta
terra.
Estar nesse segundo grupo – é
simplesmente “estar” – consciente ou inconsciente. O diabo não exige que você
saiba coisa alguma, seja sobre o que você faz ou o que lhe virá depois – ele
tem força na sua ignorância e na sua cegueira.
Então virá o grande susto – a
oportunidade de dizer que “não sabia”.
Mas Paulo escreveu:
... pois já temos demonstrado que
todos... estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo; nem um
sequer; não há quem entenda; não há quem busque a Deus; todos se extraviaram; a
uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem; não há nem um sequer. A garganta
deles é sepultura aberta; com a língua urdem engano; veneno de víbora está nos
seus lábios; a boca eles a tem cheia de maldição e de amargura; são os seus pés
velozes para derramar sangue, nos seus caminhos há destruição e miséria;
desconhecem o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.
(Romanos 3:9-18)
A propaganda leva a adesão a algo e a
antipropaganda induz à rejeição de algo – depende do produto.
Nesse caso:
O caminho apertado e a porta estreita (que
são para a vida) sofrem a antipropaganda do mundo para que rejeitando-os, você
não chegue ao bom destino.
O caminho espaçoso e a porta larga (para
a perdição) tem o apoio do mundo pela propaganda. A propaganda convence! Dependendo da habilidade do marqueteiro, todas
as coisas ruins e todas as práticas vergonhosas da terra podem ser absorvidas e
praticadas como sendo boas e aprazíveis – é o poder do convencimento, poder da
persuasão! Na verdade, o poder do engano.
Enfim, a morte chega, a porta do destino
se abre!
Há quem acredite numa chance depois da
morte, depois que a porta se abrir – depois que se constatar que o caminho o levou
para um lugar inesperado.
Mas já falamos que o destino de uns e
outros se difere em seus atos: o conjunto das ações, reações, decisões,
omissões, preferencias e paixões.
Andamos na direção de algo que está
atrás de uma porta.
O pecado e a morte estão ligados ao
corpo físico; o pecado reina sobre o corpo do pecador. Um rei tem sob seu
domínio servos 100% submissos, quem se rebela ou desobedece a esse rei, morre!
A morte (física) é a consequência da desobediência; assim é o domínio do pecado
sobre o pecador.
Paulo escreveu: “Não reine o pecado
sobre o seu corpo mortal” (Romanos 6...)
A morte espiritual – a condenação de um
pecador no juízo de Deus é a causa normal e natural por suas escolhas no seu
momento “agora”.
Entendendo o normal e o anormal:
Se eu pegar um martelo e um prego
grande, e com esse martelo atravessar a minha perna com o prego, será normal
doer e sangrar – será anormal se não acontecer sangramento e nem dor. Se do
mesmo martelo eu receber várias batidas na cabeça, meu crânio rachará e eu
morrerei – não será normal que eu viva a esse traumatismo.
Assim é normal e é esperado como justo que
Deus condene um pecador à morte (há uma harmonia entre pecado e morte
(condenação).
E Deus não agirá contrário à natureza.
Romanos 4:4 “Ora, ao que trabalha, o
salário não é considerado como favor, e, sim, como dívida.
Romanos 6:23 ... porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus
nosso Senhor.
Todo patrão tem uma obrigação legal –
pagar salários aos seus empregados.
Deus tem uma obrigação “legal” de pagar
o salário ao pecador! Que salário? A morte,
que nesse caso, é a condenação ao pecador.
Para o pecador – é o pagamento pelos
atos praticados nos membros do seu corpo, pois está escrito:
Romanos 6:13 ... nem ofereçais cada um
os membros de seu corpo ao pecado como instrumentos de iniquidade; mas
oferecei-vos a Deus como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros a
Deus como instrumentos de justiça.
Então temos que voltar a um ponto:
Há quem acredite numa chance (um
purgatório) depois da morte física – depois que se constatar que o caminho o
levou para um lugar inesperado.
Mas se os pecados são cometidos no corpo
físico – concebidos num coração físico e maquinados numa massa cefálica física,
não há mais nada que se possa fazer após a morte – quando o corpo físico se
desfaz – onde os pecados ocorreram e selaram a condenação do pecador.
A palavra de Deus diz que é do coração
que procedem: maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos,
falsos testemunhos, blasfêmias... (Mateus 15:19). Todos esses atos são
cometidos em vida física – e são “colocados numa grande mala que será presa ao
pecador e será aberta na sala do juízo de Deus”.
Cada um abrirá a sua, e, o que tiver
nela não poderá ser apagado.
E o efeito propaganda? Se água fresca
faz bem ao meu corpo, não preciso ser persuadido a tomá-la. Mas, se me deixei
persuadir a tomar veneno letal em lugar da água, não há mais nada que se possa
fazer por mim – a natureza seguira seu curso e eu inevitavelmente morrerei.
Não temos a opção de não morrer fisicamente. Mas temos a escolha de viver eternamente pelo poder do evangelho. (Romanos 1:16-17) Isto é uma condicional: Se eu der ouvidos ao evangelho e nascer de novo - viverei.
Podemos dizer que a morte física tem
domínio sobre nós! É uma certeza que temos! Deus nos deu uma vida limitada ao
dia da nossa morte.
Nenhum homem consegue por si só romper
as algemas do pecado – portanto, num ritmo natural, todo homem comum está sendo
levado á outra morte também – a condenação no juízo de Deus.
O homem precisa de uma intervenção maior
– um poder maior do que o poder do pecado e da morte para que possa se salvar.
Cristo, enquanto homem físico, (verbo
encarnado) esteve sujeito ao poder da morte por causa do corpo físico (Filipenses
2:5-9) – e de fato ele morreu pelo desígnio de Deus. Mas aquilo (o pecado) que
dá direito, força e domínio à morte sobre um homem, não existiu em Jesus; logo,
ele morreu por escolha e os pecados que foram colocados sobre ele, não eram
dele.
Quando morremos, a morte triunfa sobre
nós – é o processo normal – é a natureza.
Quando Cristo morreu, o processo foi
inverso; a morte foi aniquilada – porque onde não há pecado não há condenação –
se o corpo do pecado está morto – a morte não pode dominar.
No novo nascimento, fazemos morrer nossa
natureza apaixonada pelo pecado (Col. 3:5+) e a vida triunfa.
Mas, se o pecado dá direito à morte, e
sendo Deus justo na aplicação de sua justiça – o preço tinha que ser pago –
Jesus toma sobre si (por escolha) nossos pecados e recebe sobre si o juízo –
trazendo justificação para os que creem, para os que se entregam.
Isto chama-se imputação: Numa troca,
Jesus toma sobre si meu pecado – paga o preço que era devido a mim – bebeu do
cálice da ira de Deus. Então ele imputa em mim: JUSTIFICADO. E eu vivo.
Quando ele diz: “Pai, se possível, passe
de mim esse cálice”, ele sabia o que é a ira de Deus.
Quem de nós sabe o que é morrer sem
estar salvo?
Paulo escreveu.
Ele tomou o pão e disse: Comei – isto é
o meu corpo oferecido por vós
Ele tomou o cálice e disse: Bebei – isto
é o meu sangue derramado por vós.
Façam isso em memória de mim – até que
eu volte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário