sexta-feira, 9 de julho de 2010

Convém que Ele cresça e que eu diminua


Já ouvi cristãos dizer que Jesus voltaria em menos de dois anos... E em diferentes épocas - de modo que, Jesus já teria voltado de acordo com a opinião do primeiro, ou na falha de contagem do primeiro, teria voltado pela opinião do segundo ou do terceiro. Naturalmente diante dessas afirmações surgem as perguntas: É mais uma certeza ou mais um desejo? Ou mera frase feita? Como vão os atavios da noiva nesses anos? Hoje literalmente vivemos o tempo da apostasia; não necessariamente uma evasão nas igrejas, pois essas estão cada vez mais cheias; parece que ser "evangélico" é a moda atual. O que vemos de fato não é a evasão, mas a falta de identificação - a pouca semelhança com o Senhor. Milhares e milhares estão com a mão no arado, mas bem distraídos acerca do olhar do Senhor de toda a terra. Cristãos que não oram, que não conhecem a Palavra de Deus, que nunca tiveram uma transformação verdadeira. Lembro-me de um autor que escreveu que Elias e João Batista não viveriam dois dias em nosso tempo - seriam mortos à faca ou à bala ( ou apedrejados para que se lembrassem do juízo do tempo deles) - talvez vítimas dos próprios crentes. Eles não seriam convidados a pregar em nossas igrejas. O salmista escreveu: "Socorro Senhor! porque já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens". Salmos 12:1
A preocupação de muitas igrejas está longe de ser a santidade e o compromisso dos seus membros com o Senhor; mas a quantidade desses membros; até brigam numa triste pescaria de aquário para encher seus salões. Nossas pregações são brandas para não assustar as "crianças" nem deixá-las "assombradas na hora de dormir, pois elas podem sonhar que estão indo para o inferno".

Em outro lugar o salmista praticamente descreveu o que parecia ser o departamento de recrutamento e seleção do templo.
Salmo 101
Cantarei a bondade e a justiça; a ti Senhor cantarei. Atentarei sabiamente ao caminho da perfeição; oh! quando virás ter comigo? Portas a dentro, em minha casa, terei coração sincero. Não porei cousa injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam; nada disso se me pegará. Longe de mim o coração perverso; não quero conhecer o mal. Ao que às ocultas calunia ao próximo, a esse destruirei; o que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei. Os meus olhos procurarão os fieis da terra, para que habitem comigo; o que anda em reto caminho, esse me servirá. Não há de ficar em minha casa o que usa de fraude; o que profere mentiras não permanecerá ante os meus olhos. Manhã após manhã destruirei todos os ímpios da terra, para limpar a cidade do Senhor dos que praticam a iniquidade.

Levanta-me óh Deus, ensina-me o teu caminhos e andarei nele - sejam ouvidas as minhas palavras quando a ti clamar. Mostra-me meu pecado, suba a minha oração que brota de um coração que deseja te conhecer - e retorne para mim em forma de fogo que purifica.

João Batista se deparou com um povo espiritualmente morto, quase que esquecido das leis de seus pais e ao mesmo tempo da promessa da vinda do salvador. Ainda assim, não poupou palavras, não temeu que seus duros sermões os afastassem ainda mais daquele que os escolheu dentre todos os povos. João tinha a tarefa de preparar o caminho do Senhor, endireitar as veredas por onde ele passaria, tornar o povo receptivo à salvação.
Diante da postura de João Batista, perguntaram se ele não seria o próprio Cristo, ou Elias, ou o profeta a que Moisés se referiu (que era o Messias).
Ele disse que tudo que possuía provinha de Deus e não de si mesmo. Ele não tomou nenhuma glória para si e não se preocupou consigo mesmo, ainda que diante da morte pelo poder de Herodes. Convinha que ele diminuísse para que Jesus crescesse.

Estamos nós como igrejas trabalhando em prol dos interesses do Senhor?
ou tudo o que fazemos tem foco em nós mesmos?
O inferno não fechou suas portas - muitos crentes já a atravessaram.
Quem vai responder por isso?

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